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domingo, 25 de junho de 2017

E Morlat mata o Quatuor

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

Folhetim de verão 2016: a 'batota' no ANRS-4D
Folhetim de verão 2017: ponto por ponto, o ensaio DOMONO terá sido, de facto, um real SUCESSO, ao contrário da vulgata espalhada. Absolutamente a seguir!

E Morlat* mata o Quatuor

Por Charles-Edouard!

[NdT: * refere-se ao 'Relatório Morlat', o relatório de peritos sob a égide da ANRS - agência nacional francesa de investigação sobre vih e hepatites virais - e que tem o nome do seu redactor, o Prof. Morlat. Basicamente, é o documento com as "guidelines" francesas relativas ao tratamento do VIH]

O relatório Morlat ratifica o ICCARRE (em 4/7, ainda por cima). A sua actualização (Maio, 2017) está aqui! Eis-vos então ao corrente (ninguém vos tinha dito...). O texto está nele gravado. E aqui, bem que se evitou de se utilizar o termo de estratégia recomendada...


EstratégiaOpinião Morlat
Darunavir 600/100 mg/j
Ao dia de hoje, [...] não pode ser recomendada.
biterapia (IP/r + 1 INTI)
Esta estratégia pode porém ser proposta, [com] darunavir
biterapia DTG/3TC
[em espera] não pode ser recomendada por agora.
biterapia RAL + MRV
Esta associação não pode porém ser recomendada.
biterapia IP/r + raltegravir
esta estratégia não pode ser recomendada.
biterapia INI + INNTI
a associação dolutegravir + rilpivirina pode ser considerada.
Monoterapia IP/r
monoterapia DRV/r pode ser considerada.
Monoterapia Dolutegravir
não é recomendada     [NdCh-E: a isso voltaremos!]
ICCARRE (4/7 tomas)
Em caso a caso[...] 4 ou 5 dias em 7 pode ser considerada


Morlat autoriza o ICCARRE: ponto-parágrafo!



É uma relação de forças: os golpes baixos abundam


Descrever o ICCARRE sem o citar é desonesto. É uma vergonha e um insulto aos médicos, aos voluntários, à ciência. O Trump tuitaría: it's a disgrace: é uma grosseria sem nome!

Não é um relatório de 'peritos', mas o resultado de uma relação de forças... Entre os laboratórios, os seus 'peritos', e os Selvagens. Os Legitimistas não são mais que um veículo da sobremedicação.

Os Legitimistas servem-nos o cozido: vejam no YouTube. Vomitei. Vomitei isto... Sob pretexto de apresentar o Quatuor, é um hino ao status-quo, a sobre-medicação. Truchis, de olhos fixos num vazio sideral de um Quatuor distante, cada dia mais distante. Vejam os seus olhos... Sente-se a evasão (cheia de imprecisões). Quanto à sua explicação sobre as 'falhas' no ANRS-4D, ele é astuciosamente, mas desajeitadamente, cortado no momento onde não podia senão enfrentar que o número de falhas intrínseco é de ZERO, ao que ele já testemunhou e ao que não poderá escapar.

E a sua publicação num jornal científico: ainda esperamos!!! E caso se vire o bico ao prego: a carta ao editor, em caso de dissimulação da verdade, está prontinha: é só enviá-la. Nada foi publicado e perguntamo-nos bem porquê...

Que é que importa: nós, os pacientes, retemos o fundamental: O Morlat autoriza o ICCARRE, ponto-parágrafo!

Quatuor, um ensaio pretexto


Falta ao ANRS-4D o braço comparador. Sem braço comparador não há 'recomendação', é preciso demonstrar a não-inferioridade... em relação a um braço que seguisse a estratégia por defeito (7/7). A inferioridade intelectual e moral está em ignorar o braço comparador disponível: a imensa coorte de pacientes sob tratamento estandarte. Ou mesmo, o histórico do paciente candidato. O ANRS-4D tem ZERO falhas intrínsecas, ou seja, melhor que os resultados da coorte! E, mesmo contando as 'falhas' falsas (4%), uma margem de 12% (ver o cálculo DOMONO), e assumindo a hipótese de que os controlos têm 100% de sucesso, a fasquia de não-inferioridade é de 88%. Como também existem falhas nas coortes de controlo, a taxa admissível é bem inferior a 88%.

Qualquer estratégia de sucesso melhor que 100% menos a margem de erro (ex.: 12%, portanto 88%) é não-inferior em absoluto: que se pode pedir mais ???

O perito mais idiota compreenderá. Mas os 'peritos' não são idiotas, longe disso: eles querem é papar. O que obriga ao Quatuor é a falta de neurónios ligados e de força no braço de ferro...

Quatuor, um ensaio pouco ético


O Quatuor está atrasado, mal elaborado, abastardado (presença de Stribild®/Genvoya®!!!), e em movimento retardado, em detrimento manifesto do pobre voluntário!

Que apenas um dos meus leitores nele participe e eis-me em desespero. Não imagino sequer o roubo do lugar dum pobre infeliz para o qual o Quatuor é a única oportunidade de beneficiar, bem ou mal, duma estratégia... autorizada! E pior ainda, para aqueles que não poderão nele entrar! Existem apenas 10 lugares por hospital participante francês!

E então o consentimento informado! Vão dizer aos candidatos que eles vão, a título excepcional, beneficiar de uma estratégia inédita, mas já autorizada!!! Quando os candidatos, postos em espera interminável (já vai com um ano de atraso), se virem afectos ao grupo diferido, eles farão como quiserem, seja o ICCARRE selvagem, seja um dedo do meio bem merecido.

E ao fazerem o ICCARRE selvagem, ou à la rigor, seguido por um médico (juntei mais 2 à lista), com o que ninguém pode argumentar/provar que há um risco, eles participarão activamente em construir esta relação de forças que é a única a revelar-se eficaz em fazer capitular o Morlat.
O vosso ICCARREísmo militante e os vossos testemunhos são bem-vindos!

Morlat matou o Quatuor. Terá também morto este blog?


Coloquei-me a questão... Como o nosso assunto é a toma semanal, a autorização do 4/7 aumenta o nosso público leitor potencial, enquanto que reduz o dos ICCARREanos convencionais. Temos portanto o vento em popa.

Bom... Gay-Pride este Sábado e ruptura do jejum (fim do Ramadão) no seguimento, este Domingo: Fim-de-semana de festividades e alegrias: bom fim-de-semana, vida boa e sem excesso de medicação!

Folhetim de verão 2016: a 'batota' no ANRS-4D
Folhetim de verão 2017: ponto por ponto, o ensaio DOMONO terá sido, de facto, um real SUCESSO, ao contrário da vulgata espalhada. Absolutamente a seguir!

sábado, 17 de junho de 2017

Absolutegravir

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem!

O Absolutegravir

Por Charles-Edouard!

O que não se vê na TV, Suicídios e Insómnias fármaco-induzidas...

'Déjà vu'... Montes e montes de vezes! Desde já, atenção à depressão e às tentações suicidárias induzidas pela má medicação: isso não avisa e é grave, ou mesmo mortal. É claro que tu sabes de onde é que isso vem. Atenção à roleta russa médica: tenta-se uma combinação, depois outra, e a seguir outra: é um truque de médico 'septista'. Atenção à sobrecarga medicamentosa: antidepressivo, ansiolítico, sonífero, quando já tomas 3 moléculas, em doses maciças... À priori, sem que isto seja um aconselhamento médico, poderias talvez começar a considerar o aligeiramento (já és elegível em modo FOTO)... Bom... Vejamos o que nos promete o futuro:

Absolutegravir: um novo membro


Desde logo, é um ...gravir. Segundo a regra de nomes que identifica as moléculas, é um inibidor (preferencial) da integrase. Encontramos listas. -gravir é um dos novos.

Como para os cavalos, existe uma regra de primeira letra, em ordem de aparição. Temos então: Elvitegravir (Gilead); Dolutegravir (ViiV); Cabotegravir (ViiV); Bictegravir (Gilead).

E, o seu a seu dono, tomo, na ordem, a letra A, a qual faço seguir de uma consoante. Logo, senhores do Marketing Farmacêutico, tomem nota: a letra A está reservada para o Charles-Edouard!

Porquê 'Absolut'? Certo, gosto muito de vodka... E como Absolutegravir é uma fantasia de gente civilizada, um bocado amalucada, cai muito bem.


Absolutegravir: nascido de um flash de lucidez Wainberg/Raffi


Wainberg/Mesplède e Raffi publicaram uma opinião previdente: E se o VIH fosse incapaz de desenvolver resistência a um novo agente terapêutico.

Wainberg e Raffi já estão habituados... Há que esperar pelo elogio funebre ao DTG. Certo... Contudo, esta opinião data de 2103, e prevê tudo o que a clínica observará posteriormente (Calcanhar de Aquiles (2015), sucesso em pacientes naïfs (2016), etc...).

Sem resistência? Claro que não! Há uma enorme artilharia de defesa dos Laboratórios, donde a política de 'evergreening' (saída de medicamentos, em catadupa, numa altura apropriadamente escolhida) assenta sobre o conceito da multi-terapia. A monoterapia é o fim programado da galinha dos ovos de ouro!...

Absolutegravir = zero resistência, zero, zero, zero


Evidentemente, qualquer semelhança com moléculas presentes ou passadas é mera coincidência. Colocamos isto depois dos cenários inspirados em factos reais, para não chatear.

Logo, o Absolutegravir, não é DTG. Deixamos isso bem claro.

Contrariamente aos outros ARV, descobertos por tentativa/erro, ele foi concebido por computador: modelou-se numericamente a Integrase (ver esta animação em 3D), e um software de ancoragem (docking) testa milhões de configurações, que se vão agarrar o mais eficazmente possível à Integrase,  lá, onde esta ancoragem toma o lugar do qual o vírus tanto necessitaria. Lamento, cavalheiro, o lugar está tomado...

Fazemos uma primeira passagem com uma Integrase 'selvagem', não mutada, depois reprocessamos em integrases mutadas, até sair a (ou as) molécula final.

Faz-se seguidamente uma outra tri para se assegurar que a molécula não aponta (ou pouco) a enzimas correntes, para ser mais específica, e evitar efeitos secundários. Isto tornou-se possível porque também se modelaram numericamente muitas proteínas/enzimas. Isto é caríssimo, mas temos guito porque o nosso anterior bébé foi o blockbuster do século passado.

Como de costume, junta-se uma molécula (p.ex. uma ponte fluorada) que o fígado lutará para partir, donde uma semi-vida plasmática muito longa... Isto não serve para nada a não ser para gerar milhões de lucro. Perguntem portanto à Gilead, que são os génios da astúcia fluorada e os reis do petróleo!

Absolutegravir: em quantos miligramas?


Como não há efeitos secundários, e queremos passar os ensaios de comercialização, doseia-se a fundo, mas menos que as velhas moléculas. Vá, 50 ou 75 mg, deve dar... Nos ensaios de fase 2, 2 ou 10 mg foram suficientes, mas queremos lá saber dos ensaios de fase 2! Daqui a 20 anos podemos lançar um primo, de 30 mg, e prolongar os lucros por outros 20 anos!

E depois, a posologia é, in fine, da responsabilidade dos médicos, não dos farmacêuticos.

Não há resistência: a inobservância, fortuita ou planeada, não tem consequência: muito pouco, a CV reemerge, e aumentamos um pouco a dose. Em suma, gerimos as tomas como fazem os diabéticos: uma gota de sangue e gere-se;  no final encontramos o óptimo e barco para a frente: dispomos de um tratamento optimizado, personalizado, insensível à inobservância.

O Absolutegravir e o buraco negro Darwiniano


O Absolutegravir não selecciona nenhuma resistência. O buraco negro Darwiniano, que aparece quando uma mutação principal conduz o vírus a um impasse replicativo escontra-se aqui sem objecto. É um conceito da era anterior, do mundo de ontem, de DTG e da sua R263K.

Como é personalizado, pelo médico (útil à priori, mas não indispensável), vêm da Europa inteira aos nossos médicos miraculosos, que fazem dinheiro à grande!

O Absolutegravir é para quando?


O Absolutegravir, é a bomba atómica no mercado: no dia em que saia, gozamos as royalties durante 20 anos, mas depois acabou-se de vez. Epidemia erradicada, o filme acaba, e a galinha dos ovos de ouro também.

O Absolutegravir será portanto a última molécula a aparecer no mercado, porque ela matará o mercado, e nós, proprietários desta molécula perfeita, não a colocaremos no mercado antes de termos esgotado todas as astúcias para prorrogar os nossos enormes lucros.

A vida é bela.

Bom fim-de-semana, vida boa, sem medicação em excesso (lícita ou não...)

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sábado, 10 de junho de 2017

A Equação do Eclipse

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

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A equação do Eclipse

Por Charles-Edouard!

Publicamos, no final deste artigo, 3 comentários/contribuições do Dr. Leibowitch. A não perder!

Os vossos testemunhos são úteis: a prova...

O ensaio START ofereceu a Liberdade, a quem desejar, de se tratar, sem espera. Mas, tratar a todo o custo é histeria colectiva. O aligeiramento também se faz sem condição de rácio (ver o Dr. de Truchis). Para a Mono de Tivicay®,ver o Dr. Lafeuillade, em Toulon [França].

O Eclipse não é quem vocês pensam!


As pessoas têm dificuldade em compreender o Eclipse do vírus, é um facto. Eis aqui uma visão bastante clássica. (Tenho em preparação uma outra versão que arrasa...).

Segundo uma conjectura de Siliciano (2003), o reservatório é a causa da recidiva e o reservatório não decresce a não ser tão lentamente que é ilusório esperar ver-lhe o fundo. É uma visão do final do século XX, há uma eternidade...

Numa publicação recente (Hill & al. 2014), ele faz modelizar no seu Laboratório o que o bom senso manda: a recidiva é um fenómeno estocástico (aleatório no tempo), tanto maior (longo) quanto o reservatório é baixo. É um fenómeno de Poisson, clássico, nada de novo debaixo do sol, dir-se-á. Slim Fourati levantou a lebre, desde 2012. Bruner e os Siliciano mostram que os provírus defeituosos acumulam-se rapidamente [...] para constituir mais de 93% de todos os provírus, independentemente do momento em que a terapia se inicia. 75-95 % do reservatório é merda. (Idem para as elucubrações da Prof.ª Roda-dos-Critérios... Adiante...). Ver aqui também.


Gostaríamos de poder prever o Eclipse, ter esperanças razoáveis e demitir as Grandes Sacerdotisas da Reemergência Imediata.

Conhecemos-lhe 2 componentes:  uma lavagem (wash-out) farmacocinética + uma cinética exponencial de reinício. Quanto mais a supressão for profunda, mais esta cinética reiniciará mais abaixo.

Em Ciclo Curto, o período ON aprofunda a re-supressão. Permitirá ele chegar ao fundo dos fundos? Marimbamo-nos um bocado... Enquanto se cogita já estás em pausa Dominical (ou 4/7, 2/7...).

A susceptibilidade do CD4


O CD4 é mais ou menos receptivo segundo a posição relativa do co-receptor CCR5 (ou XR4 em caso de bi-tropismo). As células sem receptores CD4 (p.ex.: os neurónios) são indemnes. Se têm o CCR5 bloqueado pela delta 32 (homozigótica ou heterozigótica) a susceptibilidade decresce, ou torna-se nula, como induzida no caso do paciente de Berlim. Ela decresce também após a activação ser acalmada: portanto, aguardamos um pouco antes de entrar em Ciclo Curto.

A resposta imunitária natural (CD8)


Os controladores de elite a atestam. Bastante raros, os alelos HLA-B*27 ou HLA-B*57 aumentam a geração de chaves, e a corrida aos armamentos joga menos a favor do vírus. A resposta imunitária, digamos, à altura duma eficácia de CD8 induzidos (simplifico), existe. E por isso actua.

O tamanho do reservatório


É uma gaveta onde cabe tudo, mal quantificado, mas, obviamente, a recidiva vem dele, e até mais ampla informação, admite-se isso mesmo. Quantifica-se tão mal que querer servir-se dele como 'critério' único é uma imbecilidade de primeira ordem. (ver abaixo o comentário #2 de Leibowitch).

A qualidade, a viabilidade do reservatório


75 a 95 % do código inscrito no teu genoma (tu és um OGM!) é Junk, merda, como as elucubrações etc... (não me repito, já percebemos). Logo não servirá de gatilho ao reinício. Ora, sabemos jogar com esta percentagem... Se tratarmos em Primo, a percentagem de competentes é baixa... Isto não nos serve de muito: não se refaz a história do paciente.
Ele evolui segundo as moléculas. Wainberg disso dá um exemplo convincente. Logo, para preparar a remissão, mesmo que imperfeita, há moléculas melhores que outras. Eis um tema tabu... A ele voltaremos!

Uma equação básica


O tempo de recidiva é inverso à susceptibilidade e ao reservatório (quantitativo), e proporcional à resposta natural e à proporção de Junk.

Temos então:



Eclipse = Lavagem (wash-out) +
 
(proporção de Junk x resposta imunitária)
_________________________________
(ADN Proviral x Susceptibilidade)


+ etc.
 


Aqui está! Nem toda a gente é igual, e isto evolui com o tempo; o caso-a-caso que recomenda o relatório Morlat vai ser bem difícil de apreciar pelo médico. Ele não tem as ferramentas nem os ábacos para os interpretar... (ver abaixo o comentário #3 de Leibowitch).

Veremos em breve como voltar isto a nosso favor e voltar a falar da remissão.


Bom Fim-de-Semana, vida boa, e prevejam stock: a França vai de encontro ao colapso social!


Os comentários (Dr. Jacques Leibowitch)


Comentário #1
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017

Comentário #2
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017

Comentário #3
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017

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domingo, 4 de junho de 2017

Lanzafame salva a honra

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

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Lanzafame salva a honra

Por Charles-Edouard!

Na persecução das chaves da Liberdade:

Efectivamente, as CVs mais aproximadas, é importante, sobretudo no início... Quanto ao caso a caso, a questão que vem imediatamente é que caso é OK, e qual não o é, para não amalgamar tudo e encontrar as chaves.... E aí, falta a Ciência! E pessoas que façam a Ciência!

O Dr. Lanzafame fez propostas não demasiado ambiciosas, que foram retomadas em muito grande escala. Sim... de acordo, devo concordar, o ICCARRE deveria salvar o mundo: invenção americana, melhorada por Leibowitch e utilizada... em nenhum sítio, fora de França (por agora...). Ao ritmo ANRS, a sobremedicação e a suicidalidade induzida ainda verão belos dias.

O relatório Lanzafame é de importância científica planetária.

Uma analogia, um pouco de perspectiva


Tentemos ser concisos e claros: uma estratégia pode ser proposta a quem já tomou (manutenção ou secundária) e/ou a quem nunca tomou; ela pode também ser proposta aos sintomáticos e/ou assintomáticos. Belo exercício de balanço risco/benefício.

Apenas uma analogia
Cardiovascular Infecção VIH
Ensaio em primária Ensaio pacientes naïfs
Ensaio em secundáriaEnsaio em manutenção
Tomo como analogia um exercício igual, doutro contexto. A prescrição de estatinas (para reduzir o colesterol) pode ter cabimento para um paciente, digamos assintomático, e que nunca as tomou antes; e também para outro já vitima de um acidente cardiovascular. O primeiro caso diz-se de prevenção primária, o segundo, prevenção secundária. Espero que o paralelo seja evidente.

A "BigPharma" promove a (fútil) primária! Cochrane e Prescrire dizem, basicamente, a prevenção primária é fútil, e que, finalmente, talvez, a prevenção secundária poderá ser útil...

O excelentíssimo Dr. De Lorgeril (o regime mediterrâneo...) ensina-nos, aqui, no seu blog: OK para fazer uma distinção entre o ensaio em 'primária' e o ensaio em 'secundária', muito mais fácil de realizar, já que têm os pacientes. E sobretudo, um novo infarto é nela frequente (frequentemente passamos para a panela). Menos pacientes, mais dados. Fácil...

Contudo, explica De Lorgeril, não tem lugar fazer distinção entre prevenção primária e prevenção secundária: é fútil em primária e é também totalmente fútil em secundária... Porquê ? Porque o mecanismo subjacente é idêntico.

Eis onde queria chegar... Não há que fazer diferença entre uma e outra, já que o mecanismo é idêntico. Aqui está... Volto ao nosso tema. Se o mecanismo subjacente é idêntico, então deveríamos ter uma leitura coerente entre o ataque e a manutenção: e esse não é o caso !

Mecanismo único Mecanismos diferentes
Cardio (estatinas) Infecção VIH Mono-DTG
Prevenção
Primária
Prevenção
Secundária
Iniciação
(Naïfs)
Manutenção
seleccionada
Manutenção
cega
         

Tenta-se a manutenção em Mono-Tivicay® em pacientes sem problemas (sem falhas virológicas, sem inobservância de tomas, etc... não demasiado arriscados), sem distinção (sem regra como o Calcanhar de Aquiles). É o DOMONO, que não corre lá muito bem. É o BMM+P, que não corre pelo melhor, a não ser que se aplique um algoritmo de selecção (Calcanhar de Aquiles). A 'lógica' pensada é: se não a podemos considerar em manutenção 'banal', como considerá-la em iniciação ?

A 'BigPharma' exulta: Adiós mono-Tivicay® em manutenção e, ainda mais, em iniciação!


Isto parece 'lógico'... Dobra-se... E não se fala mais disso... Sim... Bom... Isto, 'Se o mecanismo é idêntico'... Se o mecanismo for idêntico. Um grande 'se'...

As observações Lanzafame (iniciação) e DOMONO (manutenção) são de pequena escala, logo, prudência. Mas bom... Se isto funciona em iniciação cega e não em manutenção (cega), é porque o mecanismo joga um papel inesperado, a esclarecer, a formalizar e a utilizar com sensatez, para uma manutenção 'sem falhas'. Calcanhar de Aquiles ? Outra coisa ? Caso a acompanhar...

Não podemos pensar a biologia sem Darwin... A um território, uma montanha, não cartografada, inexplorada, à qual se chega por Norte ou por Sul, isso não é igual!

E o benefício para os pacientes também não. Uff... Espero que se perceba a tabela! O debate, durante um tempo escamoteado, está relançado: a Mono-Tivicay® é suficiente para o paciente naïf?

É crucial. Bah... A pretensiosa virologia parisiense (um pouco engraxada, talvez) está a nas últimas. Os Kadors de Garches não estão em cima do acontecimento. Ora, chega-se lá com a Ciência.

Reparem bem que Lanzafame tomou unicamente a via ATAQUE, mas não a via MANUTENÇÃO, contrariamente aos outros, é a sua genialidade! E quem tem menos falhas ? Digam lá...

Lanzafame salva também o mundo...


Lanzafame salva a honra da Medicina. Ele também salva o mundo (ver no próximo artigo)... E abordaremos o aspecto ético: vai dar que falar!

Bom fim-de-semana, Vida Boa, No-Kapot se <1000, e sugiram a PreP, quando for caso disso

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sábado, 27 de maio de 2017

Guia Prático 2017

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

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Guia Prático 2017

Por Charles-Edouard!

Eis uma mudança, duvidosa... Conta alguém:

Chama-se a isto 'fechar a porta atrás de si', tal como os (antigos) imigrantes que se opõem agora... à imigração. E há pior: cada qual com os seus medos, as suas interdições, e eis-te de repente inadequado para o aligeiramento se os teus CD4 são inferiores a... ou se o teu rácio CD4/CD8 é inferior a... ou se o teu reservatório... ou se a tua medicação não é X ou Y... etc... Tudo isto é rigorosamente FALSO!

Sem descodificação explicada, argumentada, é apenas confusão: é o domínio FAKE!

Um Guia Prático para evitar deixar-se enganar


Actualização do Guia Prático "4/7 Seguro": O estudo ANRS-4D introduz uma eligibilidade PREMIUM e o relatório Morlat 2016-2017 autoriza explicitamente o ICCARRE, sem mais informação prática, sem citar todos os ensaios, o que seria útil e honesto. Tem porém esta grande vantagem: não dizendo nada, pelo menos poupa-nos às parvoíces do costume!

O relatório Morlat é o idiota útil usual, idiota e inútil, inutilizável e impraticável. A leitura, paciente ou médica, é reencaminhada aos seus caros estudos, sem a menor referência bibliográfica ao ICCARRE. Mais hipócrita era impossível!

Allègement thérapeutique vih iccarre guide ANRS-170-Quatuor arabe anglais afrique
Nota, isto até convém. A procura paciente na internet cai invariavelmente no Guia Prático, documento muito descarregado, e, para o acompanhamento médico, na nossa lista de médicos aligeiradores. Por fim fora de perigo! Uff!

O Guia Prático encontra-se consequentemente enriquecido. Está disponível em Francês, Inglês, Português, Espanhol (brevemente) e Árabe (sim, sim...). Ele não pretende nem ser perfeito, nem substituir-se a um médico perito-na-matéria (atenção aos incapazes, aos ignorantes, aos incompetentes ou mentirosos e... aos contrafeitos).

A versão 2016 difere da versão 2015:


O estudo ANRS-4D revoluciona o ciclo curto; a versão 2016 difere portanto da versão 2015:
- Eviplera® (Complera ®) está testado: 100 % de sucesso
- Eligibilidade Premium: torna o aligeiramento mais convidativo
- Passagem directa, sob condições eligíveis, a 4/7: validada
- Em pacientes estrictamente eligíveis e estrictamente cumpridores, a CV nunca reapareceu: neste contexto preciso, a nossa regra de seguimento encurtado pode razoavelmente ser reconsiderada (mesmo se, pessoalmente, a apoio, mas não sou capaz de lhe comprovar o carácter indispensável...).

Quando olhamos de perto os raros (Ó quão raros...) testemunhos pessoais de falhas, constatamos inevitávelmente o não respeito de uma das três regras: eficácia, progressividade, CVs aproximadas temporalmente. E pumba... Bom, recupera-se sempre (ex. retorno a 7/7)...

A eligibilidade Premium


Progressividade: Bom... Eu prefiro a progressividade, porque passei pelas angustias do 6/7 (os tomates que tive!). Talvez inútil, mas não me terá feito mal.

CVs aproximadas temporalmente: algumas pessoas estão a ter dificuldade com isto; mas com isto se detecta o mais prontamente [a acontecer] uma perda de eficácia. É a contrapartida da eficácia. Mas se estamos certos de estar seguros, estando seguros da eficácia necessitamos de CVs aproximadas temporalmente (mês-1, mês-2, mês-4, mês-6)? É verdade... Mas a eficácia comprova-se através de... CVs!

A eficácia: muitos presumem a eficácia... Mas é claro (!), deram-lhes o último grito da medicação, tão bem comercializada que até negligenciam o aviso da HAS [NdT: Haute Autorité de Santé - autoridade nacional de saúde francesa]. Este medicamento, imperfeito, bem podia ir directamente para o esgoto. O estudo ANRS-4D formaliza a eligibilidade Premium, que já consta no protocolo ICCARRE (faltando ainda decifrá-lo), mas não nos outros, o que prova que o ICCARRE não é uma simples repetição.

Condições Eligibilidade Simples Eligibilidade Premium
Validação prévia da eficácia Não necessáriaSim (genótipo requerido)
Validação de eficácia em uso2 indetectabilidades sucessivas 3 vezes CV < 50
(imponham-se a indetectabilidade)
Duração mínima da triterapia a aligeirar12 meses 4 meses
VantagensGenótipo não necessário4/7 directo
CV aproximadas, inúteis?
Desvantagens6/7, 5/7; CV aproximadas Genótipo requerido ou a refazer

O método surpreendente do ICCARRE para refazer um genótipo ou reganhar a sensibilidade é a besta negra dos Septistas beatos: boa razão para se interessar por ele! E a ele voltaremos!

E quanto ao ANRS-170-Quatuor?


Anunciado para o final de 2016, depois no ActUp para Julho de 2017 [NdT: ActUp-Paris - Grupo de activistas em Paris, cuja actuação no início dos anos '90 é retratada no filme "120 batimentos por minuto", que recentemente ganhou o Grand Prix do Festival de Cinema de Cannes], já será muito bom se um dia começar! Fazem-nos secar. Resultados para 2020! Na melhor das hipóteses... Bom... Espero que todos tenham compreendido o joguinho e não se deixem nele emaranhar.

Este ensaio está na esteira do ensaio ANRS-4D, cuja coordenação foi confiada às Sr.as BENALYCHERIF e AMAT (tel. [em França]: 01 40 25 63 65, e-mail: aida.benalycherif... arroba... gmail.com e karine.amat... arroba... hotmail.fr). Deverão poder informar-se lá... Mas bem, o realtório Morlat já autoriza o ICCARRE, portanto, para quê ? Para quê ???

Este blog não é aconselhamento médico: Para esta estratégia, consultar o Dr. de Truchis (ver lista). E quanto aos outros? Eh... Para quê a cópia quando temos o original? Ignora os ignorantes, e vai a um destes, com o Guia Prático em mão. Mexe o rabo! E testemunha!

Hoje começa o Ramadão: o nossos antepassados tendo compreendido o benefício das 'pausas', tais como o Shabbat. Desde Copérnico, temos uma bem melhor compreensão dos ritmos! Bom Ramadão àqueles que o festejam, e Bom Shabbat e vida boa a todos os outros!

O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem!

sábado, 6 de maio de 2017

Ataque em mono-DTG

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem!

Ataque em Mono-DTG

Por Charles-Edouard!

Eis uma questão da actualidade:

Para aconselhamento médico, contactar a Prof.ª Katlama ou o Dr. Lanzafame. O que dizem os ensaios? Em monoterapia, no ensaio ING 111521, 90% dos pacientes passarão a baliza de <400 em apenas 10d! Lanzafame, esse, faz a mono de Tivicay®, desde a primeira prescrição. Em ataque, a Biterapia DTG+3TC funcionou bem. As propostas DTG+3TC ou Tivicay® + Truvada® não estão coformuladas: elas permitem a monoterapia de Tivicay®: basta deixar o outro. O Dr. Lafeuillade relata uma experiência pessoal...

A hipótese Wainberg será validada por Lanzafame?


A partir de um vírus 'selvagem' (não-mutado), a primeira mutação a aparecer é a R263K. Mas ela impede o vírus de re-ganhar vida (perda de "fitness"), e, o reservatório deveria 'normalmente' baixar: ele cai num buraco negro Darwiniano.... Adiós cabrón!

Pelo outro lado, se o vírus tem mutações ou substituições em escadinha (simplifico), ele pode adquirir mutações de resistência; o benefício R263K perde-se, bem como a mono de Tivicay®...

Se o conceito de Wainberg estiver correcto, então deveríamos ver em clínica:
- Uma taxa de sucesso não muito má, não muito boa, sobre o vírus já mutado (ex.,  falha ao RAL ou EVG), e é exactamente isso o que se observa (ensaio Viking).
- Uma taxa de sucesso, em monoterapia de manutenção, que depende da presença das 'escadinhas': é exactamente isso o que se observa na coorte BMM+P: é o calcanhar de Aquiles.
- Uma excelente taxa de êxito, em ataque sobre o vírus selvagem: é exactamente isso o que se observa (ensaio ING 111521 + relatório Lanzafame).

Lanzafame cure remission monotherapy dolutegravir HIV tivicay iccarre first line attack

Se a teoria Wainberg/Mesplède (o caminho da R263K é benéfico) fôr exacta, o sucesso da monoterapia de ataque, com DTG, não deveria depender de qualquer outro parâmetro para além do carácter selvagem ou não do vírus.


Monoterapia de Tivicay® com pacientes naïf: Yessss!


Daí a importância da última publicação do Dr. M. Lanzafame, que aumentou ainda mais o seu grupo de pacientes em monoterapia de Tivicay®, de ataque (vírus selvagem e uma CV < 100.000).

Lanzafame cure remission monotherapy dolutegravir success undetectable low CD4

Lanzafame salva a honra médica... e o mundo!


Ele refaz o ING 111521: iniciativa científica, prudente, para confirmar os resultados de um ensaio comercial... O que vai no sentido do resultado do ING 111521, inesperado inicialmente, depois varrido para debaixo do tapete, ou ocultado num segundo.

Ele, ele escolhe os seus pacientes, com condições restrictivas sobre o vírus, o mais 'selvagem' possível. E não sobre os CD4: um paciente tinha CD4=1, outro CD4=2 !

Lanzafame traz uma nova estratégia. Os seus pacientes (porque não vocês?) vão portanto beneficiar de uma monoterapia, eficaz, de ataque, que abre a porta a um aligeiramento do tipo ICCARRE 4/7. O seu grupo estará mesmo a avançar para mais perto da remissão ('cura').

Ele convida a reconsiderarem-se os resultados de BMM+P (Barcelona, Montreal, Munique) + Paris, onde, com pacientes escolhidos, temos excelentes resultados, ao contrário do protocolar DOMONO, onde os pacientes não o são, ou são mal escolhidos, e cujo resultado é medíocre.

Evidentemente, ninguém disto vos fala!! Se os ignaros e vendidos vos dizem que a mono de Tivicay® não existe, e bom, agora já sabem que sim... O tema está re-lançado nos ângulos ético, clínico, e de saúde pública: a ele voltaremos em breve...

Este blog não é aconselhamento médico: Para esta estratégia, consultar a Dr.ª Katlama, o Dr. Lafeuillade ou o Dr. Lanzafame (ver lista). Então e os outros ? Pfff... Estão ultrapassados. Por isso, ignora os ignorantes, e vai consultar um dos 3. Mexe o rabo ! E testemunha !

Neste fim-de-semana eleitoral muitos vão ter de engolir uma colherada amarga...
Eu não! Este fim-de-semana é o meu primeiro sem medicação: é o primeiro do meu retorno ao 1/14! E isso faz um bem bestial!!!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Para lá de 1/7

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)


O outro lado do espelho 1/7

Por Charles-Edouard!

Verdadeira homenagem a Patrick Valas, primeiro blogger do ICCARRE: a única menção conhecida sobre mais que 1/7 !

Leibowitch dixit:

Eles sonharam com isso, o Charles-Edouard fê-lo!

O Eclipse dura... de 7 a 35 (*) d... Então...


 # prise  1 / X   CV  
1 7   <20  
2 9
3 9
4 9
5 9
6 9
7 9
811   <20  
9 11
10 11
11 11   <20  
12 11
13 11
14 12   <20  
15 11
16 11   <20  
17 14
18 13   <20  
19 14
20 15   <20  
21 14
22 14   <20  
23 14
24 14
25 15   <20  
26 16
2717  <20  
2817
2919  <20  
3022  <20  
3120
3222  <20  
332720<CV<200

  
Evidentemente, a protocolização pede que nos limitemos a 1/7... Sim, mas a Quadri de Leibowitch, é uma bomba! E funciona perfeitamente. Quando temos os astros bem alinhados, quando não estamos às ordens do Mestre, quando escrevemos regularmente sobre o 4/7, o 1/7, eh, bem, colocamo-nos necessariamente a questão para lá do 1/7: Exactamente como Leibowitch a evocou, 2 ou 1/10, depois em 14, etc... Vai-se procurar os limites do próprio sistema, e depois adapta-se a eles.

O seu milagre, é o Eclipse

Aquele ou aquela, subserviente ou nada interessado(a), não faz a lei: É o vírus que decide absolutamente, e o seu milagre é o Eclipse.

Tanto que o vírus não reaparece, ele não reaparece: é tão simples como isso. Não existe predictor fiável conhecido, nem mesmo o ADN proviral, como o demonstrou, pelo contrário, CHUN em Toronto: sobretudo não nos importamos com isso: medimos o Eclipse, e depois decidimos.

A tabela ao lado é o meu planeamento ICCARREano para lá de 1/7, com os 1/X que vão, sem o mais pequeno blipezinho, até 1/22, tranquilamente... Mais além, a 1/27, salta... Bom... Anotamos... Os 190 pacientes elegíveis e cumpridores têm ZERO falhas intrínsecas em 4/7, e eis-nos a discutir para lançar o ensaio QUATUOR!

Nesta manipulação, aprendi muitas coisas...

Retrospectivamente, teria feito melhor em fazer a paragem analítica, em passos de uma semana: Ananworanich diz-nos que a média se encontra em cerca de 21 d. (*): eu não sou mais que um paciente mediano! Nada de excepcional! E isso foi antes da chegada do Dolutegravir (Tivicay®), que abre novos horizontes.

Bem... De repente, quando me ouço dizer que vou a reboque, atrás de Leibowitch, isso faz-me sorrir docemente... Isto não é um concurso de beleza. É uma estratégia baseada em factos observáveis: eu tenho um eclipse de pouco menos dum mês. De repente regulo o cursor para 15 d.

Com a boa e velha fórmula, fiz ainda assim quase um ano em 1/14 e mais, verifiquem na tabela ;-)

Passei há pouco a baliza de validação do genial Tivicay® 50mg + 3TC 300mg, 6 meses: 5 meses em Sáb. + Dom. e 1 mês em Domingo dose dupla: sempre < 20!

Hoje é o 1.º de Maio e lanço-me de novo ao 1/15, quer dizer, a remissão-24 (explicarei...) com um método completamente novo.

E os conselhos do bom Prof. Péronne, que diz para esperar pelo fim do estudo, depois do seguinte, e depois ainda por sei lá o quê, meto-os lá, onde merecem estar!

Boa feriado, vida boa, e sem demasiada medicação! Okay ?