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sábado, 21 de maio de 2016

O calcanhar de Aquiles

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)


O Calcanhar de Aquiles

Por Charles-Edouard!



Certamente, constatámos falhas raras, nalguns pacientes: mas, não importa em que pacientes? Não são 20 % ! Sejamos honestos... O risco é tudo menos aleatório, ele encontra-se circunscrito a pacientes bem discerníveis, os que têm uma fraqueza previsível: o calcanhar de Aquiles!

O Calcanhar de Aquiles


A Catie trata num mesmo número o Genvoya® e a Mono de Tivicay®:
http://www.catie.ca/sites/default/files/ta212b.pdf

A Prof.ª Christine Katlama chamou a atenção sobre um risco a ter em conta na monoterapia de Dolutegravir para os pacientes já tendo feito uso de RAL ou EVG, ou seja, Isentress®, Stribild® ou Genvoya®.

A Catie apresenta-nos, por extenso, e em francês, todos os casos conhecidos de falha desta estratégia: são poucos numerosos e bem descritos.

Eu apresentei-os em apontamentos anteriores: 1 , 2 , 3, ou as transparências originais.

A Prof.ª Christine Katlama divide os seus 28 pacientes em 2 sub-grupos: aqueles que nunca tomaram nem Isentress®, nem Stribild® (/Genvoya®) (grupo #1), e os outros que já tomaram um e/ou o outro (grupo #2). Da leitura do número da Catie, consagrado ao Genvoya®, podemos fazer um pouco de contabilidade elementar:

Em Paris (Katlama):
Grupo #1 + grupo #2 = 28 ; Grupo #1 =15 e grupo #2= 13
Falhas no grupo #1: 0 (em 15)
Falhas no grupo #2: 3 (em 13)
Em Barcelona:
Grupo #1 + grupo #2 = 33 ; Grupo #1 = ? e grupo #2= ? (mas >2)
Falhas no grupo #1: 0 (em ?)
Falhas no grupo #2: 1 (em ?, pelo menos 2)

A leitura da Catie permite-nos esta contabilidade. Basta ler e contar...

Quando já se está no grupo #2, saber que há um risco identificado, circunscrito, alguns mal quantificados, e saber o que fazer, é importante.
Quando se está, porque é assim, no grupo #1, pode-se considerar aí ficar. Pelo menos por agora.

Eu, no meu caso estou no grupo #1, o que parece ser, hoje em dia, de preservar.

Se se está no grupo #1, é bom lá ficar... Logo, evitar Stribild®/Genvoya® a todo o custo.
O Genótipo não ajuda. Esses testes foram feitos aos pacientes da Prof.ª Katlama (pensem bem...). Nenhum tinha tido anteriormente qualquer falha com Inibidores de Integrase. Não é o ter falhado previamente que vos coloca no grupo #2... Logo, nenhum destes pacientes estava em risco detectável, à priori.

Apenas o histórico do paciente é proposto como explicativo do risco.

No grupo 2, há 3 falhas, mas também há 10 sucessos. Segundo vejamos o copo, ele poderá estar cheio a 3/4 ou vazio a 1/4... No grupo 1, nenhuma falha...

Compreender o Calcanhar de Aquiles, é importante para todos!


Há apenas 2 questões a colocar-se:

1 - A monoterapia de Dolutegravir é-me possível ?, e se sim,
2 - Em manutenção, 10 mg funcionam tão bem como 50 mg ?

Para aqueles que têm o Calcanhar de Aquiles, considerar as opções com cuidados: 4 pacientes em 5 chegam lá; não está mal!
Para aqueles que ainda não têm o Calcanhar de Aquiles: evitá-lo a todo o custo!
Para aqueles que não o têm  e avançam com confiança para a mono de Dolutegravir, compreender o seguinte: dado que o risco de falha é consequente de mutações que vocês conseguiram evitar, então, entendam bem isto: não é por causa da dose: a dose (50 mg) foi revista em alta para todos (incluindo aqueles que têm o calcanhar de Aquiles), ainda que não fôssemos tidos em conta! QED.

Próximos apontamentos: Dolutegravir em Monoterapia de ataque; Porquê evitar o ensaio TruLight; Como se desmamar dos antidepressivos...

Bom fim-de-semana, vida boa, e evitem os mal-amados!

sábado, 7 de maio de 2016

Monoterapia de Ataque

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

(Página em construção - Tradução incompleta)