Achei isto anedótico:
Adoro este atalho de foice: o meu médico preferiu não brincar aos aprendizes de feiticeiro: juntou-me o Edurant®... Tendo em conta o resultado: Bravo!
O que não se ouve sobre o risco de aligeirar o tratamento! Como se o sobrecarregar (ou manter demasiado elevado, é igual...) fosse sem risco!!! O médico deve tomar a decisão em conjunto com o paciente, a quem terá esclarecido sobre os riscos. Mas, na prática, o paciente (ou o médico) compreende bem os riscos?
É o Aquiles, idiota!
Das duas, uma: ou bem que o risco é aleatório, indiscriminado, ou bem que ele é desigualmente repartido, mais elevado para um grupo e portanto, menos elevado, ou até nulo, para outro.
O interesse bem concebido da Big Pharma e seus aliados é de fazer crer que o risco é elevado e indiscriminado. O que não resiste à contabilidade dos casos conhecidos, documentados e reportados.
É por isto isto que não encontramos em parte alguma esta contabilidade, simples e exaustiva, no entanto. Ela está descrita aqui: O calcanhar de Aquiles.
Se o risco é indeterminado: são 4 falhas em 61 (33+28, Paris + Barcelona): 6,5 %: não é elevado...
Se ele é circunscrito, é-o segundo categorias de riscos: a teoria gosta de avançar (sem a menor prova), que o reservatório, que a taxa de CD4, que o Nadir, que a dose. Leibowitch traz a prova de que é treta. A qual está na apresentação de C. Katlama, que nos fornece, muito amavelmente, estes parâmetros, que incluem a presença 'histórica' do calcanhar de Aquiles. Vamos portanto poder construir as tabelas de desconfusão, e ver qual é a mais pertinente.
Façamos a tabela de desconfusão (dita também tabela de verdade ou tabela de confusão...).
Cada um dá a sua opinião sobre as condições a preencher antes de se tentar o aligeiramento. Ao encontro das provas fornecidas pelos ensaios clínicos. Por exemplo: 'esperar por uma boa reconstituição imunitária', e a cada um de considerar isso de 350, outro de 500, ainda outro de 800, e porque não 2000 ?!
Façamos a tabela com, como nível de boa reconstituição, 624 (porque é a mediana, publicada por C. Katlama EACS-2015).
Um critério de boa reconstituição imunitária antes de passar à manutenção em mono de Tivicay® será eficaz? NÃO!
Os que sustentam este (falso) critério teriam excluído metade dos pacientes (ou seja, 14) interdindo indevidamente 13 pacientes de beneficiar desta estratégia benéfica ao paciente; E não teriam evitado 2 das 3 falhas!
Para ter um 'critério' suficientemente sensível, é necessário pôr-se a fasquia a CD4 = 1200; o que quer dizer, excluir praticamente toda a gente! Excluir toda a gente de uma estratégia que funciona para mais de 93%: há que se pensar nisto!
Já não nos admiramos de nada com a banda de estarolas da 'virologia' parisiense.
Felizmente, C. Katlama salva a honra apesar desta banda de incapazes:
o critério Calcanhar de Aquiles tem uma sensibilidade de 100 %.
O critério 'calcanhar de Aquiles' tem uma sensibilidade de 100 % (fonte contabilística C. Katlama EACS-2015).
Terá de ser melhorado, pois a sua especificidade é apenas de 60%. Se o seguirmos cegamente excluimos inutilmente 10 pacientes em 13, ou seja 75-80 %.
Isto não impede de colocarmos lado a lado as tabelas para o (mau) 'critério' da reconstituição e o (bom) critério 'calcanhar de Aquiles': não há qualquer comparação!
Para parafrasear, é a economia, estúpido, se existe um critério, ainda que modestamente específico: é o calcanhar de Aquiles, idiota!
De resto, deixem-nos nas suas especulações inúteis, que não são mais que superstições.
A ciência é a poesia da realidade. (R. Dawkins)
Próximos artigos: Como obter a prescrição anual; Porquê evitar o ensaio TruLight; Como deixar os antidepressivos; Os médicos aligeiradores ...
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Bom fim-de-semana e vida boa!