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domingo, 4 de junho de 2017

Lanzafame salva a honra

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

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Lanzafame salva a honra

Por Charles-Edouard!

Na persecução das chaves da Liberdade:

Efectivamente, as CVs mais aproximadas, é importante, sobretudo no início... Quanto ao caso a caso, a questão que vem imediatamente é que caso é OK, e qual não o é, para não amalgamar tudo e encontrar as chaves.... E aí, falta a Ciência! E pessoas que façam a Ciência!

O Dr. Lanzafame fez propostas não demasiado ambiciosas, que foram retomadas em muito grande escala. Sim... de acordo, devo concordar, o ICCARRE deveria salvar o mundo: invenção americana, melhorada por Leibowitch e utilizada... em nenhum sítio, fora de França (por agora...). Ao ritmo ANRS, a sobremedicação e a suicidalidade induzida ainda verão belos dias.

O relatório Lanzafame é de importância científica planetária.

Uma analogia, um pouco de perspectiva


Tentemos ser concisos e claros: uma estratégia pode ser proposta a quem já tomou (manutenção ou secundária) e/ou a quem nunca tomou; ela pode também ser proposta aos sintomáticos e/ou assintomáticos. Belo exercício de balanço risco/benefício.

Apenas uma analogia
Cardiovascular Infecção VIH
Ensaio em primária Ensaio pacientes naïfs
Ensaio em secundáriaEnsaio em manutenção
Tomo como analogia um exercício igual, doutro contexto. A prescrição de estatinas (para reduzir o colesterol) pode ter cabimento para um paciente, digamos assintomático, e que nunca as tomou antes; e também para outro já vitima de um acidente cardiovascular. O primeiro caso diz-se de prevenção primária, o segundo, prevenção secundária. Espero que o paralelo seja evidente.

A "BigPharma" promove a (fútil) primária! Cochrane e Prescrire dizem, basicamente, a prevenção primária é fútil, e que, finalmente, talvez, a prevenção secundária poderá ser útil...

O excelentíssimo Dr. De Lorgeril (o regime mediterrâneo...) ensina-nos, aqui, no seu blog: OK para fazer uma distinção entre o ensaio em 'primária' e o ensaio em 'secundária', muito mais fácil de realizar, já que têm os pacientes. E sobretudo, um novo infarto é nela frequente (frequentemente passamos para a panela). Menos pacientes, mais dados. Fácil...

Contudo, explica De Lorgeril, não tem lugar fazer distinção entre prevenção primária e prevenção secundária: é fútil em primária e é também totalmente fútil em secundária... Porquê ? Porque o mecanismo subjacente é idêntico.

Eis onde queria chegar... Não há que fazer diferença entre uma e outra, já que o mecanismo é idêntico. Aqui está... Volto ao nosso tema. Se o mecanismo subjacente é idêntico, então deveríamos ter uma leitura coerente entre o ataque e a manutenção: e esse não é o caso !

Mecanismo único Mecanismos diferentes
Cardio (estatinas) Infecção VIH Mono-DTG
Prevenção
Primária
Prevenção
Secundária
Iniciação
(Naïfs)
Manutenção
seleccionada
Manutenção
cega
         

Tenta-se a manutenção em Mono-Tivicay® em pacientes sem problemas (sem falhas virológicas, sem inobservância de tomas, etc... não demasiado arriscados), sem distinção (sem regra como o Calcanhar de Aquiles). É o DOMONO, que não corre lá muito bem. É o BMM+P, que não corre pelo melhor, a não ser que se aplique um algoritmo de selecção (Calcanhar de Aquiles). A 'lógica' pensada é: se não a podemos considerar em manutenção 'banal', como considerá-la em iniciação ?

A 'BigPharma' exulta: Adiós mono-Tivicay® em manutenção e, ainda mais, em iniciação!


Isto parece 'lógico'... Dobra-se... E não se fala mais disso... Sim... Bom... Isto, 'Se o mecanismo é idêntico'... Se o mecanismo for idêntico. Um grande 'se'...

As observações Lanzafame (iniciação) e DOMONO (manutenção) são de pequena escala, logo, prudência. Mas bom... Se isto funciona em iniciação cega e não em manutenção (cega), é porque o mecanismo joga um papel inesperado, a esclarecer, a formalizar e a utilizar com sensatez, para uma manutenção 'sem falhas'. Calcanhar de Aquiles ? Outra coisa ? Caso a acompanhar...

Não podemos pensar a biologia sem Darwin... A um território, uma montanha, não cartografada, inexplorada, à qual se chega por Norte ou por Sul, isso não é igual!

E o benefício para os pacientes também não. Uff... Espero que se perceba a tabela! O debate, durante um tempo escamoteado, está relançado: a Mono-Tivicay® é suficiente para o paciente naïf?

É crucial. Bah... A pretensiosa virologia parisiense (um pouco engraxada, talvez) está a nas últimas. Os Kadors de Garches não estão em cima do acontecimento. Ora, chega-se lá com a Ciência.

Reparem bem que Lanzafame tomou unicamente a via ATAQUE, mas não a via MANUTENÇÃO, contrariamente aos outros, é a sua genialidade! E quem tem menos falhas ? Digam lá...

Lanzafame salva também o mundo...


Lanzafame salva a honra da Medicina. Ele também salva o mundo (ver no próximo artigo)... E abordaremos o aspecto ético: vai dar que falar!

Bom fim-de-semana, Vida Boa, No-Kapot se <1000, e sugiram a PreP, quando for caso disso

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