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sábado, 27 de maio de 2017

Guia Prático 2017

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem!

Guia Prático 2017

Por Charles-Edouard!

Eis uma mudança, duvidosa... Conta alguém:

Chama-se a isto 'fechar a porta atrás de si', tal como os (antigos) imigrantes que se opõem agora... à imigração. E há pior: cada qual com os seus medos, as suas interdições, e eis-te de repente inadequado para o aligeiramento se os teus CD4 são inferiores a... ou se o teu rácio CD4/CD8 é inferior a... ou se o teu reservatório... ou se a tua medicação não é X ou Y... etc... Tudo isto é rigorosamente FALSO!

Sem descodificação explicada, argumentada, é apenas confusão: é o domínio FAKE!

Um Guia Prático para evitar deixar-se enganar


Actualização do Guia Prático "4/7 Seguro": O estudo ANRS-4D introduz uma eligibilidade PREMIUM e o relatório Morlat 2016-2017 autoriza explicitamente o ICCARRE, sem mais informação prática, sem citar todos os ensaios, o que seria útil e honesto. Tem porém esta grande vantagem: não dizendo nada, pelo menos poupa-nos às parvoíces do costume!

O relatório Morlat é o idiota útil usual, idiota e inútil, inutilizável e impraticável. A leitura, paciente ou médica, é reencaminhada aos seus caros estudos, sem a menor referência bibliográfica ao ICCARRE. Mais hipócrita era impossível!

Allègement thérapeutique vih iccarre guide ANRS-170-Quatuor arabe anglais afrique
Nota, isto até convém. A procura paciente na internet cai invariavelmente no Guia Prático, documento muito descarregado, e, para o acompanhamento médico, na nossa lista de médicos aligeiradores. Por fim fora de perigo! Uff!

O Guia Prático encontra-se consequentemente enriquecido. Está disponível em Francês, Inglês, Português, Espanhol (brevemente) e Árabe (sim, sim...). Ele não pretende nem ser perfeito, nem substituir-se a um médico perito-na-matéria (atenção aos incapazes, aos ignorantes, aos incompetentes ou mentirosos e... aos contrafeitos).

A versão 2016 difere da versão 2015:


O estudo ANRS-4D revoluciona o ciclo curto; a versão 2016 difere portanto da versão 2015:
- Eviplera® (Complera ®) está testado: 100 % de sucesso
- Eligibilidade Premium: torna o aligeiramento mais convidativo
- Passagem directa, sob condições eligíveis, a 4/7: validada
- Em pacientes estrictamente eligíveis e estrictamente cumpridores, a CV nunca reapareceu: neste contexto preciso, a nossa regra de seguimento encurtado pode razoavelmente ser reconsiderada (mesmo se, pessoalmente, a apoio, mas não sou capaz de lhe comprovar o carácter indispensável...).

Quando olhamos de perto os raros (Ó quão raros...) testemunhos pessoais de falhas, constatamos inevitávelmente o não respeito de uma das três regras: eficácia, progressividade, CVs aproximadas temporalmente. E pumba... Bom, recupera-se sempre (ex. retorno a 7/7)...

A eligibilidade Premium


Progressividade: Bom... Eu prefiro a progressividade, porque passei pelas angustias do 6/7 (os tomates que tive!). Talvez inútil, mas não me terá feito mal.

CVs aproximadas temporalmente: algumas pessoas estão a ter dificuldade com isto; mas com isto se detecta o mais prontamente [a acontecer] uma perda de eficácia. É a contrapartida da eficácia. Mas se estamos certos de estar seguros, estando seguros da eficácia necessitamos de CVs aproximadas temporalmente (mês-1, mês-2, mês-4, mês-6)? É verdade... Mas a eficácia comprova-se através de... CVs!

A eficácia: muitos presumem a eficácia... Mas é claro (!), deram-lhes o último grito da medicação, tão bem comercializada que até negligenciam o aviso da HAS [NdT: Haute Autorité de Santé - autoridade nacional de saúde francesa]. Este medicamento, imperfeito, bem podia ir directamente para o esgoto. O estudo ANRS-4D formaliza a eligibilidade Premium, que já consta no protocolo ICCARRE (faltando ainda decifrá-lo), mas não nos outros, o que prova que o ICCARRE não é uma simples repetição.

Condições Eligibilidade Simples Eligibilidade Premium
Validação prévia da eficácia Não necessáriaSim (genótipo requerido)
Validação de eficácia em uso2 indetectabilidades sucessivas 3 vezes CV < 50
(imponham-se a indetectabilidade)
Duração mínima da triterapia a aligeirar12 meses 4 meses
VantagensGenótipo não necessário4/7 directo
CV aproximadas, inúteis?
Desvantagens6/7, 5/7; CV aproximadas Genótipo requerido ou a refazer

O método surpreendente do ICCARRE para refazer um genótipo ou reganhar a sensibilidade é a besta negra dos Septistas beatos: boa razão para se interessar por ele! E a ele voltaremos!

E quanto ao ANRS-170-Quatuor?


Anunciado para o final de 2016, depois no ActUp para Julho de 2017 [NdT: ActUp-Paris - Grupo de activistas em Paris, cuja actuação no início dos anos '90 é retratada no filme "120 batimentos por minuto", que recentemente ganhou o Grand Prix do Festival de Cinema de Cannes], já será muito bom se um dia começar! Fazem-nos secar. Resultados para 2020! Na melhor das hipóteses... Bom... Espero que todos tenham compreendido o joguinho e não se deixem nele emaranhar.

Este ensaio está na esteira do ensaio ANRS-4D, cuja coordenação foi confiada às Sr.as BENALYCHERIF e AMAT (tel. [em França]: 01 40 25 63 65, e-mail: aida.benalycherif... arroba... gmail.com e karine.amat... arroba... hotmail.fr). Deverão poder informar-se lá... Mas bem, o realtório Morlat já autoriza o ICCARRE, portanto, para quê ? Para quê ???

Este blog não é aconselhamento médico: Para esta estratégia, consultar o Dr. de Truchis (ver lista). E quanto aos outros? Eh... Para quê a cópia quando temos o original? Ignora os ignorantes, e vai a um destes, com o Guia Prático em mão. Mexe o rabo! E testemunha!

Hoje começa o Ramadão: o nossos antepassados tendo compreendido o benefício das 'pausas', tais como o Shabbat. Desde Copérnico, temos uma bem melhor compreensão dos ritmos! Bom Ramadão àqueles que o festejam, e Bom Shabbat e vida boa a todos os outros!

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sábado, 6 de maio de 2017

Ataque em mono-DTG

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem!

Ataque em Mono-DTG

Por Charles-Edouard!

Eis uma questão da actualidade:

Para aconselhamento médico, contactar a Prof.ª Katlama ou o Dr. Lanzafame. O que dizem os ensaios? Em monoterapia, no ensaio ING 111521, 90% dos pacientes passarão a baliza de <400 em apenas 10d! Lanzafame, esse, faz a mono de Tivicay®, desde a primeira prescrição. Em ataque, a Biterapia DTG+3TC funcionou bem. As propostas DTG+3TC ou Tivicay® + Truvada® não estão coformuladas: elas permitem a monoterapia de Tivicay®: basta deixar o outro. O Dr. Lafeuillade relata uma experiência pessoal...

A hipótese Wainberg será validada por Lanzafame?


A partir de um vírus 'selvagem' (não-mutado), a primeira mutação a aparecer é a R263K. Mas ela impede o vírus de re-ganhar vida (perda de "fitness"), e, o reservatório deveria 'normalmente' baixar: ele cai num buraco negro Darwiniano.... Adiós cabrón!

Pelo outro lado, se o vírus tem mutações ou substituições em escadinha (simplifico), ele pode adquirir mutações de resistência; o benefício R263K perde-se, bem como a mono de Tivicay®...

Se o conceito de Wainberg estiver correcto, então deveríamos ver em clínica:
- Uma taxa de sucesso não muito má, não muito boa, sobre o vírus já mutado (ex.,  falha ao RAL ou EVG), e é exactamente isso o que se observa (ensaio Viking).
- Uma taxa de sucesso, em monoterapia de manutenção, que depende da presença das 'escadinhas': é exactamente isso o que se observa na coorte BMM+P: é o calcanhar de Aquiles.
- Uma excelente taxa de êxito, em ataque sobre o vírus selvagem: é exactamente isso o que se observa (ensaio ING 111521 + relatório Lanzafame).

Lanzafame cure remission monotherapy dolutegravir HIV tivicay iccarre first line attack

Se a teoria Wainberg/Mesplède (o caminho da R263K é benéfico) fôr exacta, o sucesso da monoterapia de ataque, com DTG, não deveria depender de qualquer outro parâmetro para além do carácter selvagem ou não do vírus.


Monoterapia de Tivicay® com pacientes naïf: Yessss!


Daí a importância da última publicação do Dr. M. Lanzafame, que aumentou ainda mais o seu grupo de pacientes em monoterapia de Tivicay®, de ataque (vírus selvagem e uma CV < 100.000).

Lanzafame cure remission monotherapy dolutegravir success undetectable low CD4

Lanzafame salva a honra médica... e o mundo!


Ele refaz o ING 111521: iniciativa científica, prudente, para confirmar os resultados de um ensaio comercial... O que vai no sentido do resultado do ING 111521, inesperado inicialmente, depois varrido para debaixo do tapete, ou ocultado num segundo.

Ele, ele escolhe os seus pacientes, com condições restrictivas sobre o vírus, o mais 'selvagem' possível. E não sobre os CD4: um paciente tinha CD4=1, outro CD4=2 !

Lanzafame traz uma nova estratégia. Os seus pacientes (porque não vocês?) vão portanto beneficiar de uma monoterapia, eficaz, de ataque, que abre a porta a um aligeiramento do tipo ICCARRE 4/7. O seu grupo estará mesmo a avançar para mais perto da remissão ('cura').

Ele convida a reconsiderarem-se os resultados de BMM+P (Barcelona, Montreal, Munique) + Paris, onde, com pacientes escolhidos, temos excelentes resultados, ao contrário do protocolar DOMONO, onde os pacientes não o são, ou são mal escolhidos, e cujo resultado é medíocre.

Evidentemente, ninguém disto vos fala!! Se os ignaros e vendidos vos dizem que a mono de Tivicay® não existe, e bom, agora já sabem que sim... O tema está re-lançado nos ângulos ético, clínico, e de saúde pública: a ele voltaremos em breve...

Este blog não é aconselhamento médico: Para esta estratégia, consultar a Dr.ª Katlama, o Dr. Lafeuillade ou o Dr. Lanzafame (ver lista). Então e os outros ? Pfff... Estão ultrapassados. Por isso, ignora os ignorantes, e vai consultar um dos 3. Mexe o rabo ! E testemunha !

Neste fim-de-semana eleitoral muitos vão ter de engolir uma colherada amarga...
Eu não! Este fim-de-semana é o meu primeiro sem medicação: é o primeiro do meu retorno ao 1/14! E isso faz um bem bestial!!!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Para lá de 1/7

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)


O outro lado do espelho 1/7

Por Charles-Edouard!

Verdadeira homenagem a Patrick Valas, primeiro blogger do ICCARRE: a única menção conhecida sobre mais que 1/7 !

Leibowitch dixit:

Eles sonharam com isso, o Charles-Edouard fê-lo!

O Eclipse dura... de 7 a 35 (*) d... Então...


 # prise  1 / X   CV  
1 7   <20  
2 9
3 9
4 9
5 9
6 9
7 9
811   <20  
9 11
10 11
11 11   <20  
12 11
13 11
14 12   <20  
15 11
16 11   <20  
17 14
18 13   <20  
19 14
20 15   <20  
21 14
22 14   <20  
23 14
24 14
25 15   <20  
26 16
2717  <20  
2817
2919  <20  
3022  <20  
3120
3222  <20  
332720<CV<200

  
Evidentemente, a protocolização pede que nos limitemos a 1/7... Sim, mas a Quadri de Leibowitch, é uma bomba! E funciona perfeitamente. Quando temos os astros bem alinhados, quando não estamos às ordens do Mestre, quando escrevemos regularmente sobre o 4/7, o 1/7, eh, bem, colocamo-nos necessariamente a questão para lá do 1/7: Exactamente como Leibowitch a evocou, 2 ou 1/10, depois em 14, etc... Vai-se procurar os limites do próprio sistema, e depois adapta-se a eles.

O seu milagre, é o Eclipse

Aquele ou aquela, subserviente ou nada interessado(a), não faz a lei: É o vírus que decide absolutamente, e o seu milagre é o Eclipse.

Tanto que o vírus não reaparece, ele não reaparece: é tão simples como isso. Não existe predictor fiável conhecido, nem mesmo o ADN proviral, como o demonstrou, pelo contrário, CHUN em Toronto: sobretudo não nos importamos com isso: medimos o Eclipse, e depois decidimos.

A tabela ao lado é o meu planeamento ICCARREano para lá de 1/7, com os 1/X que vão, sem o mais pequeno blipezinho, até 1/22, tranquilamente... Mais além, a 1/27, salta... Bom... Anotamos... Os 190 pacientes elegíveis e cumpridores têm ZERO falhas intrínsecas em 4/7, e eis-nos a discutir para lançar o ensaio QUATUOR!

Nesta manipulação, aprendi muitas coisas...

Retrospectivamente, teria feito melhor em fazer a paragem analítica, em passos de uma semana: Ananworanich diz-nos que a média se encontra em cerca de 21 d. (*): eu não sou mais que um paciente mediano! Nada de excepcional! E isso foi antes da chegada do Dolutegravir (Tivicay®), que abre novos horizontes.

Bem... De repente, quando me ouço dizer que vou a reboque, atrás de Leibowitch, isso faz-me sorrir docemente... Isto não é um concurso de beleza. É uma estratégia baseada em factos observáveis: eu tenho um eclipse de pouco menos dum mês. De repente regulo o cursor para 15 d.

Com a boa e velha fórmula, fiz ainda assim quase um ano em 1/14 e mais, verifiquem na tabela ;-)

Passei há pouco a baliza de validação do genial Tivicay® 50mg + 3TC 300mg, 6 meses: 5 meses em Sáb. + Dom. e 1 mês em Domingo dose dupla: sempre < 20!

Hoje é o 1.º de Maio e lanço-me de novo ao 1/15, quer dizer, a remissão-24 (explicarei...) com um método completamente novo.

E os conselhos do bom Prof. Péronne, que diz para esperar pelo fim do estudo, depois do seguinte, e depois ainda por sei lá o quê, meto-os lá, onde merecem estar!

Boa feriado, vida boa, e sem demasiada medicação! Okay ?