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A equação do Eclipse
Por Charles-Edouard!
Publicamos, no final deste artigo, 3 comentários/contribuições do Dr. Leibowitch. A não perder!
Os vossos testemunhos são úteis: a prova...
O ensaio START ofereceu a Liberdade, a quem desejar, de se tratar, sem espera. Mas, tratar a todo o custo é histeria colectiva. O aligeiramento também se faz sem condição de rácio (ver o Dr. de Truchis). Para a Mono de Tivicay®,ver o Dr. Lafeuillade, em Toulon [França].
O Eclipse não é quem vocês pensam!
As pessoas têm dificuldade em compreender o Eclipse do vírus, é um facto. Eis aqui uma visão bastante clássica. (Tenho em preparação uma outra versão que arrasa...).
Segundo uma conjectura de Siliciano (2003),
o reservatório é a causa da recidiva e o reservatório não decresce a não ser tão lentamente que é ilusório esperar ver-lhe o fundo. É uma
visão do final do século XX, há uma eternidade...
Numa publicação recente (Hill & al. 2014), ele faz modelizar no seu Laboratório o que o bom senso manda: a recidiva é um fenómeno estocástico
(aleatório no tempo), tanto maior (longo) quanto o reservatório é baixo. É um fenómeno de Poisson, clássico, nada de novo debaixo do sol, dir-se-á. Slim Fourati levantou a lebre, desde 2012. Bruner e os Siliciano mostram que os provírus defeituosos acumulam-se rapidamente [...] para constituir mais de 93% de todos os provírus, independentemente do momento em que a terapia se inicia. 75-95 % do reservatório é merda. (Idem para as elucubrações da Prof.ª Roda-dos-Critérios... Adiante...). Ver aqui também.
Gostaríamos de poder prever o Eclipse, ter esperanças razoáveis e demitir as Grandes Sacerdotisas da Reemergência Imediata.
Conhecemos-lhe 2 componentes: uma lavagem (wash-out) farmacocinética + uma cinética exponencial de reinício. Quanto mais a supressão for profunda, mais esta cinética reiniciará mais abaixo.
Em Ciclo Curto, o período ON aprofunda a re-supressão. Permitirá ele chegar ao fundo dos fundos? Marimbamo-nos um bocado... Enquanto se cogita já estás em pausa Dominical (ou 4/7, 2/7...).
A susceptibilidade do CD4
O CD4 é mais ou menos receptivo segundo a posição relativa do co-receptor CCR5 (ou XR4 em caso de bi-tropismo). As células sem receptores CD4 (p.ex.: os neurónios) são indemnes. Se têm o CCR5 bloqueado pela delta 32 (homozigótica ou heterozigótica) a susceptibilidade decresce, ou torna-se nula, como induzida no caso do paciente de Berlim. Ela decresce também após a activação ser acalmada: portanto, aguardamos um pouco antes de entrar em Ciclo Curto.
A resposta imunitária natural (CD8)
Os controladores de elite a atestam. Bastante raros, os alelos HLA-B*27
ou HLA-B*57 aumentam a geração de chaves, e a corrida aos
armamentos joga menos a favor do vírus. A resposta imunitária,
digamos, à altura duma eficácia de CD8 induzidos (simplifico), existe. E por isso actua.
O tamanho do reservatório
É uma gaveta onde cabe tudo, mal quantificado, mas, obviamente, a recidiva vem dele, e até mais ampla informação, admite-se isso mesmo. Quantifica-se tão mal que querer servir-se dele como 'critério' único é uma imbecilidade de primeira ordem. (ver abaixo o comentário #2 de Leibowitch).
A qualidade, a viabilidade do reservatório
75 a 95 % do código inscrito no teu genoma (tu és um OGM!) é Junk, merda, como as elucubrações etc... (não me repito, já percebemos). Logo não servirá de gatilho ao reinício. Ora, sabemos jogar com esta percentagem... Se tratarmos em Primo, a percentagem de competentes é baixa... Isto não nos serve de muito: não se refaz a história do paciente.
Ele evolui segundo as moléculas. Wainberg disso dá um exemplo convincente. Logo, para preparar a remissão, mesmo que imperfeita, há moléculas melhores que outras. Eis um tema tabu... A ele voltaremos!
Uma equação básica
O tempo de recidiva é inverso à susceptibilidade e ao reservatório
(quantitativo), e proporcional à resposta natural e à
proporção de Junk.
Temos então:
Eclipse = Lavagem (wash-out) + | (proporção de Junk x resposta imunitária) _________________________________ (ADN Proviral x Susceptibilidade) |
+ etc. |
Aqui está! Nem toda a gente é igual, e isto evolui com o tempo; o caso-a-caso que recomenda o relatório Morlat vai ser bem difícil de apreciar pelo médico. Ele não tem as ferramentas nem os ábacos para os interpretar... (ver abaixo o comentário #3 de Leibowitch).
Veremos em breve como voltar isto a nosso favor e voltar a falar da remissão.
Bom Fim-de-Semana, vida boa, e prevejam stock: a França vai de encontro ao colapso social!
Os comentários (Dr. Jacques Leibowitch)
Comentário #1
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017Comentário #2
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017Comentário #3
Jacques Leibowitch 12 Junho 2017O número de leitores do blog explode: Temos novos projectos, precisamos de ajuda! Procuram-se tradutores e uma voz para fazer podcasts. Alguém para animar via redes sociais será também uma grande ajuda! Se apreciam mesmo este blog, então participem! |
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