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domingo, 26 de março de 2017

Volto ao 1/7!

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)

De volta ao 1/7 !

Por Charles-Edouard!

Um postal que dá gosto:

Admite que te sentes um pouco melhor do que com o Stribild® em 7/7. Não? Acreditas agora?

Estou de volta ao 1/7, agora em Biterapia!


Tenho já à vista a última baliza que valida o 2/7 (50 mg DTG + 300 mg 3TC), ao Sábado e ao Domingo. É a última baliza, aos 6 meses. Assim, a ideia é passar a 1/7: 100 mg DTG + 600 mg 3TC, ao Sábado; com análise de sangue ao Sábado, senão à 6.ª feira, também dá...

Para o cidadão comum, o 2/7 (DTG+3TC), deve resultar... Veremos daqui a algumas semanas... Entretanto, já tenho 4 meses validados.

Mas, bem... É assim... Vivi muito tempo com o 1/7 do Leibowitch (1 INNTR + 3 INTR), e, não há como não o dizer, o 1/7 é de facto super! Assim, antecipo um pouco a coisa, e faço 1/7 (100 mg DTG (esmagado ou partido, com uma refeição) + 600 mg 3TC), desde último Sábado.

Tenho o projecto de atacar, outra vez, o 1/30! digo bem: outra vez, de novo, o 1/30...

Se têm 100% de sucesso, é porque foram sobredoseados!


No aligeiramento terapêutico, um princípio de base: se em x/7 uma prática clínica experimentalista tem um resultado perfeito, pelo menos igual ao 7/7 dos Septistas, é porque lhe faltou ambição.

Ter resultados dourados (cf. Hocqueloux ou Reynes) permite publicar; é preciso também respeitar um patamar, para se assegurar que é durável.

Mas por que diabo parar por aí???

Mesmo Morlat autoriza o 4/7 [NdT: Relatório Morlat, nome dado ao documento com as 'guidelines' francesas], enquanto que a Monoterapia de Tivicay®, ela, será, provavelmente, no máximo, aberta apenas àqueles que terão podido/sabido evitar o Calcanhar de Aquiles: o quadro é claro:

Em primeiro lugar, o ICCARRE, em segundo, a Bi/Mono de Tivicay® [DTG]


Primeira escolha: o ciclo curto (ICCARRE), idealmente 1/7.
Segunda escolha (para os ansiosos, os esquecidos ou os vírus-mutados): a Bi Tivicay®+3TC. Com extensão possível, sob reserva, (em particular do Calcanhar de Aquiles, que representa 50% das falhas, em BMM+P), para o DTG em monoterapia (incluindo, eu conheço, em 4/7...)

ICCARRE VIH rémission cure HIV Lamivudine sparing économie allègement Visconti
Mas bom, eu, eu sei que sou elegível para o ciclo curto, em particular para o 1/7, por ter suficientemente tentado e testado.

Então, por que diabo me chateei a deixar o ciclo ultracurto Leibowitcheano ? A chegada do DTG, é claro! E isso não foi pouco!

E valeu bem a pena tentar! Entre os inconvenientes, uma pequena tendência depressiva, forte para alguns, e disso não se sabia falava muito...
Pela minha parte, portanto, 7/7 com DTG, será NÃO.

Fiz o DTG 12.5 mg (1/4 de comprimido 7/7), 6 meses, resultou, obrigado, mas a minha primeira escolha é o ciclo curto! E não o 4/7 de base, se faz favor!

Este tempo todo passado a explorar as fórmulas à base de DTG ter-me-á permitido:
- compreender melhor
- explicar, com conhecimento de causa, àqueles tão numerosos e ávidos desta fórmula
- repensar, simplificar, e estender a minha fórmula Leibowitcheana
- fazer novos amigos

Mensagem aos nostálgicos da Fórmula Leibowitch: há um antes de Leibowitch, uma epifania (Eureka!) Leibowitch, e também um futuro, pós-Leibowitcheano, que verá as suas esperanças realizadas.

Nos meses que vêm, vou abordar aqui 2 assuntos apenas aflorados:

O ICCARRE, é a possibilidade de remissão
O ICCARRE, é a possibilidade de erradicação


Quero também abordar a vacina BIOSANTECH: os resultados estão mal apresentados, mas numa perspectiva ICCARREana, é potencialmente gigante.

Vou também contribuir para desactivar uma controvérsia inútil, que corre entre os ICCARREanos: o ICCARRE é, certamente, a luta contra o todo-medicamento (o que a PreP não é, por evidência). É sobretudo uma (das) ferramentas da erradicação (a PreP também, se fôr acessível): E eu, eu sou A FAVOR da PreP: ver o meu Guia Prático PreP!

Anuncio a cor, explicitarei o meu argumento mais tarde.

Medi o meu Eclipse: quase 1 mês (mas não 1 mês...), sinto um pouco como o fazer.
Com um Eclipse medido de quase 1 mês, eu sou um paciente lambda: a média dos estudos recentes apresenta-o como de 14-21 dias, em média, sabendo, que isso é num contexto Septista, ou seja, o mais parvo possível.

A ciência pós-copérnica abre-se ao mundo com a predição, confirmada, do Eclipse. Sim, a terra é redonda e, não, os australianos não caiem no vazio!

Eclipse! Eclipse! Deus do Céu!

Devolva-nos o Sol, Mr. Farinelli! (youtu.be/rqNrPV_3PpY)

Sim... Devolvam-nos o sol!

domingo, 19 de março de 2017

Morlat 2016... Por fim!

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)


Morlat capitula! Em segredo...

Por Charles-Edouard!





Adeus, amigo... A sobredosagem para uma patologia interfere com o tratamento das outras. Sobredosagem das Triterapias... Quantos mortos?


Morlat capitula! Não sabiam ??


ICCARRE SFLS morlat 2016 2017 allègement ANRS recommandations
Em França, o relatório 'de peritos' (sic), sob a égide da ANRS (isto promete...) [NdT: ANRS - agência nacional francesa de investigação sobre vih e hepatites virais] tem o nome do seu redactor, o Prof. Morlat; este relatório tornou-se na ortodoxia dos imbecis, uma espécie de vade mecum bíblico. Citem-no e deixam-vos em paz, mas se não estiver lá, são votados às musas.
É esterco mental, mas como há pior, terá de servir...

Desde 2016, sabemos que o 'famoso' relatório Morlat vai autorisar o ICCARRE 4/7; o meu registo [desse facto] encontra-se aqui. Foi apresentado à SFLS (Oct. 2016, pág.17) [NdT: SFLS - sociedade francesa de luta contra o sida].

Bom, dado que está anunciado, aguardamos o texto final, história para rir um bocado...

Com data de Nov. 2016, mas em linha em Jan. 2017: ninguém fala dele... Podem procurar... Está bem escondido no fundo de uma gaveta: aqui está ele! Sortudos! Vão poder cheirá-lo.

Como desmascarar os media serotraidores?


O relatório Morlat diz-se de consensos... Ele não é nada disso: cf. a controvérsia du Prof. RAFFI... Ele é a convergência de interesses daqueles que o escrevem (a isso voltaremos!).
A falta de credibilidade, sob a égide da ANRS, aguenta-se 5 minutos... A certa altura, têm de atirar a toalha ao chão...

Os media inimigos (subornados?) do ICCARRE estão derrotados: o seu silêncio é ensurdecedor!

Como de costume, é simples: façam a lista dos vossos media favoritos e apontem a data na qual a informação "aparece no fax" DELES. É eloquente!

Vitória: Diminuição do número de dias de tratamento: Tomas descontinuadas

ICCARRE rapport philippe Morlat 2016 2017 allègement ANRS recommandations

Vitória total! Admitam então toda a verdade!


Vitória que bem quiseram esconder, pois, terão notado a astúcia: não se cita nem o ensaio FAUCY-DYBUL, nem o FOTO, nem o ICCARRE: isso seria confessar um atraso enorme e condenável!

E os Dr. Faucy e Dybul (ensaio NCT00339456, em 2010), o Dr. Cal Cohen (FOTO em 2004) e o Dr. J. Leibowitch (ICCARRE desde 2010)?? Cheiram mal da boca ??? Ou serão eles o marcador da vossa culpável negação ?

Dado que o podem considerar em condições similares àquelas dos estudos realizados, então que se conheçam esses estudos todos... Não ?

O mais simples, é o Guia Prático. Verão imediatamente se estão no caso a caso. Certifiquem-se! 90% dos pacientes são elegíveis: vocês são muito provavelmente um desses casos...

Se não, resta-vos a Mono de Tivicay®, da qual devo dizer-vos, que em primeira leitura do ensaio DOMONO (PDF aqui), não é top, salvo se se considerar o algoritmo de escolha. A título conservativo, a Biterapia Tivicay® + Lamivudina, é interessante, mesmo se não puderam/conseguiram evitar o Calcanhar de Aquiles Cavalo de Tróia.

Bom fim-de-semana e vida boa!

domingo, 5 de março de 2017

Prática vs Ensaios

(Esta página é uma tradução do original em francês, que pode ser lido aqui.)


A vida real é diferente dos ensaios?

Nota de humor (má), por Charles-Edouard!

Um anónimo testemunha aqui, a 24 de fev. de 2017:

O agradecimento é a minha única recompensa! Obrigado a ti também...

Veremos em breve o DOMONO, de resultados mistos, tendo em mente a coorte BMM (Barcelona, Montreal, Munique), donde os resultados, após algoritmo de selecção são muito bons.

Porque é que a vida prática difere, neste ponto, da 'ciência'?


monotherapie trithérapie Dolutegravir Tivicay MonoDolu DOMONO CROI 2017 jose blanco
A seguir à excelente apresentação de J. Blanco na CROI 2017, o ataque é seguido de uma claque nutrida. A controvérsia, não se podendo sustentar nos fundamentos (a monoterapia funciona em pacientes escolhidos), é sustentada na forma pelo lobbying. A pluma, é a do Dr. Joel Gallant, estimado dos internautas (indevidamente, sem dúvida: O Dr. J. Gallant é pago como consultor/conselheiro científico pela Bristol–Myers Squibb, Gilead Sciences, Merck & Co., Theratechnologies e ViiV Healthcare/Glaxo-SmithKline).

A acusação cai sobre o DOLUMONO. Leiam então o artigo original da Dr.ª Celia Oldenbuettel (foto ao lado, curriculum aqui): Leiam, e releiam. Faltava aqui era um consultor motivado para lhe encontrar bicho... Gallant a isso empresta o seu nome e a sua bancável e-reputação. (Deixei-me apanhar nisso, mas agora já não!).

Grrr!! Preparem-se, eis "o argumento" (cf. artigo):

Numa palavra, a Dr.ª Oldenbuettel ter-se-ia subtraído às suas obrigações de pré-requisito de autorização. Daí oferecer um cuidado individualizado, mas a muitos pacientes, para se fazer um pequeno ensaio, disfarçado, e com autorização posterior...

 

Má-fé, insinuações: atenção ao fake!


A insinuação estende-se a outros grupos. O Dr. Gallant inclui até um erro factual:

É falso! O artigo da Dr.ª C. Gubavu [cf. Hocqueloux, Orléans] especifica mesmo:


O Dr. Gallant argumenta com a prática 'US' para inventar uma falha das pessoas que aplicam a sua regulamentação nacional. A Dr.ª Oldenbuettel faz os GGT, CD4, CD8, lípidos, aquando do switch, enquanto que a prática US (duvidosa) seria de não os fazer: ele vê nisso a marca de experimentação humana! O meu médico, esse, fá-los, e em supervisão frequente. De que culpar Oldenbuettel ? Por outro lado, o que pensar daqueles que não fazem exames completos e repetidos aquando de um switch ?

O Dr. J. Blanco (ao lado) explica bem o que é que propõe ao paciente com falhas múltiplas, frente a ele. Nesse caso, o que faz o Dr. Gallant? Hã??? Mais outro switch em Tri, depois outra Tri, e ainda outra Tri, até à exaustão do paciente, que se torna 'desaparecido de vista' (i.e., pára o tratamento) ?

Alguns pacientes, assim maltratados a golpe de triterapias ortodoxas e abusivas, desistem do tratamento, com danos sanitários e epidémicos. Culpabilidade dos médicos 'US', e da sua oferta uniformizada e mal-tolerada, que dela se subtraiem legalmente (ou éticamente) mas não moralmente. Ao menos os europeus têm uma taxa de supressão de 90%, onde os USA têm como tecto 50% ! Vir dar lições (patrocinadas?) é um pouco forte em café!

Desconstruído, "o argumento" fica apenas argumentário comercial


Os alemães actuam exageradamente: o seu tecnicismo é de ouro. Já a mão invisível, capitalista, expõe o seu esquema de captação voraz: atrasar os ensaios inovadores, confiá-los aos actores do sacro-santo mercado, e conspurcar aqueles que ainda exercem a arte médica.

J. Leibowitch, que contribuiu para a descoberta do vírus, do tratamento e do aligeiramento, bem mais do que este pobre Dr. Gallant, terá, ele também, sido deitado aos cães, para grande deleite do Capital.

A não ser que... A não ser que... O ensaio (ANRS-4D), que visava ganhar tempo e invalidar o ICCARRE, devolveu ouro: ZERO falhas intrínsecas. O Dr. Gallant sabe encontrar bicharocos em Oldenbuettel, mas fazer éco do ICCARRE, isso, como que por acaso, escapa-se-lhe...

O ensaio confirma Leibowitch, que, para o ICCARRE, tinha as autorisações ad'hoc. Tem adequação exacta (ZERO falhas intrínsecas!) entre a equipa inovadora e o ensaio formal ANRS [NdT: ANRS - agência nacional francesa de investigação sobre vih e hepatites virais].

Em mono de Tivicay® é ao contrário: a coorte BMM, uma vez passada pelo crivo (nem Calcanhar de Aquiles, nem má adesão, nem virémia inicial) dá bons resultados. O DOMONO, ensaio randomisado, de inclusão pouco exigente, é um sucesso misto. Um pouco como para a monoterapia de IP, autorisada em França, caso a caso, e catastrófica no ensaio MOBIDIP...


Porque é que o DOMONO conduz a uma interpretação oposta à da BMM?


Desde logo, os pacientes fazem batota... Fizeram-na no ANRS-4D, fizeram também aqui. O ensaio passa-se em Amsterdão... Lá, onde se pôs em evidência uma elevada taxa de batota e um efeito de 'dou-ao-investigador-a-resposta-que-lhe-agrada...'. Amplificado pelo problema linguístico identificado aqui. O Dr. Vries-Sluijs comenta (fonte):

Ora, o DOMONO é o reino da batota e da credulidade dos investigadores!
Que a CV recupere francamente com uma adesão perfeita (sic) e sem mutações de resistência (re-sic), isso é preciso que mo expliquem! Que nos expliquem! Por outro lado, que não tomem os seus medicamentos e engulam 5 na recolha de sangue, isso vejo eu!

Na vida real: ICCARRE


Muitos pacientes são bem sucedidos em mono de Tivicay®: eles estão contentes!

O preço a pagar para beneficiar do Tivicay® não é propriamente pesado:
- ensaiar, com algoritmo selectivo, sendo o risco fraco, e o prejuízo nulo, e/ou
- reforçar com Lamivudina (ou Rilpivirina, a rigor).

Leibowitch patent brevet US20120270828   EP2332544 US9101633 B2 once weekly hiv
Muitos não compreendem o "Eclipse"... É pena! O que fazer?
O "Eclipse" é a necessária contrapartida à cronicidade. O vosso ADN está modificado e inclui agora a receita da tarte de maçã [i.e., do vírus...]: e não é por o vosso ADN ter a receita da tarte de maçã que se vai pôr a fazê-la a trouxe-mouxe!

A melhor solução: o ICCARRE, e o melhor ICCARRE é o 1/7!


Aí, têm à escolha entre a fórmula patenteada de Leibowitch e tentar integrar o Dolutegravir na vossa estratégia (seja em 7/7, 4/7 ou 1/7). Para mim, as 2 ópticas funcionaram muito bem.

Agora... Os mija-mija, os vendidos, os corrompidos que nos vendem a sua sopa sob a cobertura da preocupação ética, esses é que me enojam.

O ICCARRE é bom e sobretudo o ICCARRE é uma ferramenta para a erradicação...

Nota de 16/04: Querem rir um bocado? Aqui [NdT: Em Francês, mas vale a pena, nem que seja porque só com os bonecos se entende bem a trama]: Como fazer um estudo clínico dizer tudo o que queremos. E brevemente abordaremos as 'faltas' éticas do mesmo Joel Gallant: a acompanhar...

Bom fim-de-semana e vida boa!

Referências:

Pathways of Resistance in Subjects Failing Dolutegravir Monotherapy, por José L Blanco ver art.º

Dolutegravir monotherapy as treatment de-escalation in HIV-infected adults with virological control: DoluMono cohort results, por Celia Oldenbuettel ver art.º

Dolutegravir monotherapy: when should clinical practice be clinical research?, por Joel Gallant ver art.º

Dolutegravir-based monotherapy or dual therapy maintains a high proportion of viral suppression even in highly experienced HIV-1-infected patients, por C. Gubavu ver art.º

[...] Virological Failure in an Unselected HIV-1-Infected Population, por Vries-Sluijs ver art.º

Four days a week or less on appropriate anti-HIV drug combinations provided long-term optimal maintenance in 94 patients: the ICCARRE project, por J. Leibowitch ver art.º

Treatment adherence amongst HIV-infected patients in Rotterdam..., por Kooiman EL ver art.º

Nouvelle composition pharmaceutique utile pour le traitement des personnes atteintes du virus de l’immunodéficience humaine (VIH), por J. Leibowitch ver art.º